Da Agência Estado
A pesquisa Datafolha divulgada neste
sábado (5) apontou para uma queda de 6 pontos porcentuais da presidente
Dilma Rousseff, estacionamento do tucano Aécio Neves em 16% e
crescimento de Eduardo Campos (PSB), de 9% para 10%, em relação à
consulta de fevereiro. Na semana passada (27), Dilma sofreu outra
derrota com a divulgação da pesquisa CNI/Ibope, em que houve queda de
sete pontos percentuais na avaliação positiva do governo da presidente
em relação a dezembro.
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Para o PT, apesar dos ataques contra a Petrobras no Congresso, Dilma está firme na frente na intenção de votos.
Já a oposição comemorou os resultados do
material. Segundo o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), um
dos coordenadores da campanha de Eduardo Campos, fica cada dia mais
evidente a perda de confiança e credibilidade na presidente da
República.
“O Brasil parou de melhorar e tem
enfrentado uma série de inconveniências na economia. Temos de considerar
que a Dilma é 100% conhecida, muito diferente do Aécio Neves e do
Eduardo Campos. Temos certeza de que o Eduardo vai crescer muito mais. O
aumento no índice dos que desejam mudança é um bom sinal. Mostra que o
Eduardo está caminho certo”, disse Albuquerque.
Já o líder do PT na Câmara, Vicente
Paulo da Silva, o Vicentinho (SP), afirmou que respeita a pesquisa, que
retrata um momento, bom ou ruim. “A pesquisa mostra que a Dilma está
muito bem. Salvo engano, está melhor do que Lula nessa época, em 2002.
Fica claro que tudo o que estão fazendo na Câmara e no Senado com a
Petrobras não está valendo a pena. E que a tentativa que fazem de
destruir a Dilma não tem dado resultados.”
Presidente do PSDB de Minas Gerais e um
dos articuladores da campanha de Aécio Neves, o deputado Marcus Pestana
vê na queda das intenções de voto na presidente um indicativo de que as
eleições transcorrerão sob o signo da mudança. “O importante nesse
momento é a clara percepção da opinião pública de que o ciclo de governo
do PT se esgotou e que o País não vai bem e que portanto é preciso
mudar o rumo”, afirma. “Há um clima inequívoco de mudança, em um cenário
que se assemelha às eleições de 2002 e 1989″, complementou.
Ele disse não haver preocupação com o
fato de Aécio não conseguir herdar o eleitorado que se afasta da
presidente. Na visão de Pestana, tanto o candidato tucano quanto Eduardo
Campos não ocupam o mesmo espaço que Dilma na mídia e, por isso, ainda
não são vistos como alternativas para a população que deseja mudança.
“O nível de conhecimento do Aécio e do
Eduardo é bem diferente do dela. Dilma frequenta diariamente os jornais
de TV e usa e abusa das redes e rádios e TV da Presidência. A tarefa da
oposição é conseguir transformar, quando tiver os instrumentos de
comunicação de massa necessários, essa insatisfação, esse desejo de
mudança, em alternativa de poder. Essa é a nossa tarefa”, diz Pestana.
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