Cantor Maciel Melo discorda de o Governo do Estado só
contratar pernambucanos
Divulgação
A regra é clara: dinheiro público, vindo dos cofres do Estado,
só vai servir para pagar cachê, neste período junino, a grupos
e artistas nascidos em Pernambuco ou que vivam aqui há, pelo
menos, seis meses. É o que diz a Convocatória Estadual Conjunta
da Secretaria de Cultura/Fundarpe – Secretaria de Turismo/
Empetur. As atrações serão selecionadas, a partir de edital, por
uma comissão formada por cinco pessoas: três integrantes
do governo, dois da sociedade civil (que ainda serão
escolhidos). “Temos muitas razões para isso”, explica
Marcelino Granja, secretário estadual de Cultura. “Nenhuma
é xenofóbica ou bairrista”, garante. “A gente não vai cometer
nenhum tipo de discriminação”, reforça Felipe Carreras, secretário
de Turismo de Pernambuco.
só vai servir para pagar cachê, neste período junino, a grupos
e artistas nascidos em Pernambuco ou que vivam aqui há, pelo
menos, seis meses. É o que diz a Convocatória Estadual Conjunta
da Secretaria de Cultura/Fundarpe – Secretaria de Turismo/
Empetur. As atrações serão selecionadas, a partir de edital, por
uma comissão formada por cinco pessoas: três integrantes
do governo, dois da sociedade civil (que ainda serão
escolhidos). “Temos muitas razões para isso”, explica
Marcelino Granja, secretário estadual de Cultura. “Nenhuma
é xenofóbica ou bairrista”, garante. “A gente não vai cometer
nenhum tipo de discriminação”, reforça Felipe Carreras, secretário
de Turismo de Pernambuco.
Aquela que vem levando a culpa por quase tudo em tempos
atuais, também aqui é apontada como justificativa para a
decisão estadual: a crise financeira. O titular da Cultura afirma
que, grosso modo, a contratação de artistas de outros Estados é
mais cara. “Menos recursos, mais criatividade. A forma mais eficaz
de o Estado ajudar é distribuindo a verba com o maior número
de artistas.” “É uma forma de, no momento de corte, dar um
remédio para que os artistas locais não sejam prejudicados”, confirma Carreras.
atuais, também aqui é apontada como justificativa para a
decisão estadual: a crise financeira. O titular da Cultura afirma
que, grosso modo, a contratação de artistas de outros Estados é
mais cara. “Menos recursos, mais criatividade. A forma mais eficaz
de o Estado ajudar é distribuindo a verba com o maior número
de artistas.” “É uma forma de, no momento de corte, dar um
remédio para que os artistas locais não sejam prejudicados”, confirma Carreras.
A redução de que falam ambos é calculada em R$ 4 milhões.
Ano passado, o Governo de Pernambuco gastou com o Ciclo Junino
R$ 12 milhões; neste ano, serão R$ 8 milhões. Mas a restrição
à contratação dos não nascidos ou não moradores de
Pernambuco tem exceções: Arcoverde e Caruaru, cidades onde
o período junino tem ainda mais vigor, receberão dinheiro
estadual através de convênios, escapando, assim, da convocatória –
e da exclusão dos “estrangeiros”. São 2,5 milhões para Caruaru e
R$ 800 mil para Arcoverde.
Ano passado, o Governo de Pernambuco gastou com o Ciclo Junino
R$ 12 milhões; neste ano, serão R$ 8 milhões. Mas a restrição
à contratação dos não nascidos ou não moradores de
Pernambuco tem exceções: Arcoverde e Caruaru, cidades onde
o período junino tem ainda mais vigor, receberão dinheiro
estadual através de convênios, escapando, assim, da convocatória –
e da exclusão dos “estrangeiros”. São 2,5 milhões para Caruaru e
R$ 800 mil para Arcoverde.
Marcelino Granja explica ainda que, apesar de o corte de despesas
ter determinado a adoção que critérios de escolha para o
apoio estadual, também foi avaliado o fato de que, em grande
parte dos casos, são as prefeituras – e não o Estado – que regem
as festas juninas de cada cidade. Ele lembra que isso
também acontece no período carnavalesco: “A Prefeitura do
Recife define o Carnaval do Recife; a Prefeitura de Olinda define
o Carnaval de Olinda”.
ter determinado a adoção que critérios de escolha para o
apoio estadual, também foi avaliado o fato de que, em grande
parte dos casos, são as prefeituras – e não o Estado – que regem
as festas juninas de cada cidade. Ele lembra que isso
também acontece no período carnavalesco: “A Prefeitura do
Recife define o Carnaval do Recife; a Prefeitura de Olinda define
o Carnaval de Olinda”.
Artistas e grupos que quiserem se submeter à seleção precisam
se inscrever até o dia 25. A divulgação das propostas
vencedoras acontece em 9 de junho. Há, na convocatória, uma
clara opção pelos brincantes da cultura popular, assim listados
no documento: grupo de bacamarteiros, banda de pífanos, bumba
meu boi, cavalo marinho, ciranda, coco, danças populares,
embolada, forró, mamulengo, mazurca, quadrilha junina
(de bonecos gigantes ou de perna de pau), reisado, repente, São Gonçalo, viola e xaxado.
se inscrever até o dia 25. A divulgação das propostas
vencedoras acontece em 9 de junho. Há, na convocatória, uma
clara opção pelos brincantes da cultura popular, assim listados
no documento: grupo de bacamarteiros, banda de pífanos, bumba
meu boi, cavalo marinho, ciranda, coco, danças populares,
embolada, forró, mamulengo, mazurca, quadrilha junina
(de bonecos gigantes ou de perna de pau), reisado, repente, São Gonçalo, viola e xaxado.
Questionado se essa seria uma forma de se evitar que o
dinheiro público apoiasse aqueles que se dedicam à
chamada “fuleiragem music” (ou “forró de plástico”), Felipe
Carreras rebate: “Não haverá exclusão. Mas é óbvio que a
comissão vai olhar com mais atenção os que se dedicam ao
forró autêntico”.
dinheiro público apoiasse aqueles que se dedicam à
chamada “fuleiragem music” (ou “forró de plástico”), Felipe
Carreras rebate: “Não haverá exclusão. Mas é óbvio que a
comissão vai olhar com mais atenção os que se dedicam ao
forró autêntico”.
Apesar de divulgados por quatro instituições estaduais
(duas secretarias mais Fundarpe e Empetur), alguns dos critérios
de seleção ainda precisarão ser melhor definidos. A paraibana
Elba Ramalho, por exemplo, apesar de ter títulos de Cidadã
de Pernambuco e do Recife (e passar parte de seu tempo na
cidade), pode ou não ser selecionada? “Acho que há vários
artistas com título de cidadania. Teremos que analisar”,
pondera Marcelino Granja. “São títulos concedidos pelo
poder legislativo”, afirma Felipe Carreras. “Elba está dentro”,
garante.
(duas secretarias mais Fundarpe e Empetur), alguns dos critérios
de seleção ainda precisarão ser melhor definidos. A paraibana
Elba Ramalho, por exemplo, apesar de ter títulos de Cidadã
de Pernambuco e do Recife (e passar parte de seu tempo na
cidade), pode ou não ser selecionada? “Acho que há vários
artistas com título de cidadania. Teremos que analisar”,
pondera Marcelino Granja. “São títulos concedidos pelo
poder legislativo”, afirma Felipe Carreras. “Elba está dentro”,
garante.
* Colaborou José Teles

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