Comerciantes informais denunciaram atuação da PM em protesto no Recife.
Trabalhadores reclamam de decisão da Prefeitura de retirá-los de avenidas.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebeu, nesta quinta-feira (11), denúncia do Sindicato dos Comerciantes Informais do Recifeacusando a Polícia Militar de atuação violenta. O Batalhão de Choque da corporação foi acionado para conter um protesto feito por ambulantes no início da tarde, no Derby, área central da capital. Os manifestantes procuraram o MPPE após o ato na Avenida Agamenon Magalhães.
Cerca de 50 trabalhadores afirmaram que a PM agiu com violência durante a contenção da manifestação. Eles denunciaram o caso ao promotor de Direitos Humanos da Capital, Maxwell Vignoli. Comerciantes feridos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) e uma vítima para o Hospital da Restauração, ambos na área central da cidade.
Cerca de 50 trabalhadores afirmaram que a PM agiu com violência durante a contenção da manifestação. Eles denunciaram o caso ao promotor de Direitos Humanos da Capital, Maxwell Vignoli. Comerciantes feridos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) e uma vítima para o Hospital da Restauração, ambos na área central da cidade.
Em nota enviada à imprensa, a PM informou que “foi necessário o uso da força para a liberação da via, pois os manifestantes estavam irredutíveis em sair, bem como impediram a ação do Corpo de Bombeiros”, acionado para apagar o fogo ateado em pneus na avenida.Os ambulantes protestaram contra a decisão da Prefeitura de retirá-los da Avenida Agamenon Magalhães e de locais como o Imip e o Parque Dona Lindu. Durante a ação, a PM lançou ao menos três bombas de efeito moral. O ambulante Alexandre Francisco da Silva foi um dos que disse ter sido atingido por uma das bombas.
"Queremos denunciar a arbitrariedade da prefeitura e a ação covarde da Polícia Militar na repressão ao nosso protesto", disse Severino Souto Alves, presidente do Sindicato dos Comerciantes Informais.
Ao MPPE, os ambulantes ainda denunciaram irregularidade na forma da atuação dos órgãos de controle urbano do Executivo municipal. O promotor Maxwell Vignoli marcou uma audiência para 3 de outubro para discutir o assunto com representantes da manifestação e do sindicato dos trabalhadores informais, além das secretarias de Governo, Mobilidade e Controle Urbano e Defesa Social e Direitos Humanos. O encontro será acompanhado pelas Promotorias de Direitos Humanos e de Urbanismo e Habitação.
O texto ainda diz que “os ambulantes conseguiram se dispersar voltando a se reunir novamente na Rua Dom Bosco, seguindo em passeata até a sede do Ministério Público, havendo novo confronto com a Polícia Militar, sendo detido José Alexsandro Vieira do Nascimento, 39 anos, o qual arremessou pedras no policiamento. Posteriormente, o Ciods [Centro Integrado de Operações de Defesa Social] conseguiu identificar através das imagens do videomonitoramento mais dois manifestantes que iniciaram a ação de obstrução da via ateando fogo em pneus, sendo identificados como Leonardo Carvalho de Lima, 33, e Robson Almeida da Hora, 18. Todos os detidos foram levados à Central de Flagrantes, para onde também foram enviadas as imagens em mídia do videomonitoramento, a fim de serem submetidas à análise da Polícia Civil.”
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que Leonardo e Robson foram liberados após pagar fiança no valor de R$ 250 cada. Eles vão responder em liberdade por crime ambiental. Já José Alexsandro foi detido para passar por averiguação e liberado em seguida.
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